Diplomata Evo (Chrysodeixis includens nucleopolyhedrovirus (ChinNPV); Helicoverpa armIgera nucleopolihedrovirus (HANPV = HEARNPV))
Modo de ação:
Diplomata EVO age por ingestão. Após a aplicação do produto sobre as folhas, as lagartas de Chrysodeixis includens e Helicoverpa armigera que se alimentam da planta tratada ingerem os corpos de oclusão (OBs) de nucleopoliedrovírus (NPV) que estão na superfície das folhas. A condição alcalina do trato digestivo da lagarta causa a dissolução da cobertura protéica dentro da qual se encontram as partículas virais, iniciando o processo infectivo. As partículas virais penetram no núcleo das células intestinais e se utilizam do metabolismo do inseto para se replicar. O vírus se propaga de uma célula para a outra no interior do inseto, sendo transportado via hemolinfa, para invadir todos os tecidos. A replicação do vírus causa ruptura celular, resultando na morte do hospedeiro. Após a morte, as lagartas se liquefazem, espalhando um líquido contendo o vírus, que ao ser ingerido por outras lagartas, causa um novo ciclo de infecção.
Esta capacidade de múltiplos ciclos de infecção de NPV permite que, em condições propícias, os vírus continuem matando lagartas por várias semanas após o tratamento. A propagação e o controle mais significativo pelo vírus ocorre por meio da liberação de corpos de oclusão a partir de lagartas infectadas (infeção secundária). Além de se replicarem, os vírus se espalham rapidamente e permanecem na lavoura, o que representa uma forma efetiva e duradoura de controlar a população da praga. Em condições chuvosas, os Baculovírus são ainda mais virulentos e se espalham mais eficientemente na lavoura. O benefício dos contínuos ciclos de infecção, aliado à alta capacidade de dispersão deste vírus a campo pode levar a uma supressão expressiva da população da praga ao longo do período de cultivo e tornar mais efetivas outras ferramentas de controle dentro de programas de manejo integrado.
Efeito visual:
Os insetos infectados param de se alimentar, tornam-se lentos e ficam esbranquiçados. O tegumento fica mais fino até se romper e um líquido acinzentado a cremoso é liberado. Bilhões de corpos de oclusão virais são liberados neste líquido espalhando inóculos no campo. Após a morte as lagartas se liquefazem.